segunda-feira, 26 de setembro de 2011

UM DOMINGO PRA NÃO ESQUECER

Eu sou professor há mais de 15 anos, e, sinceramente, não sei o que está se passando com os jovens que atentam contra qualquer ser humano de forma gratuita, assim, de uma hora pra outra. Num sopro rápido a violência é desferida contra o outro, com palavras, socos, pontapés e, sem volta, com um tiro detonado vai-se uma vida.
Hoje, 28 de setembro de 2011, num domingo, já pela entrada da noite, a tv noticiou um crime contra uma professora, desferido por uma criança, na sala de aula, de apenas 10 anos, na última quinta dia 22, lá no interior de São Paulo. Fiquei surpreso e assim espero sempre me comportar, como quem nunca quer aceitar um modo tão selvagem, sem dor, sem piedade, sem amor, sem consciência ao atacar um outro, um outro ser humano.

Eu não sei qual a real situação daquela criança que não teve o mesmo destino que a professora, infelizmente. Seu destino foi o próprio suicídio que se impôs, como se madura, fria ou consciente dessa situação logo após o disparo na professora.

Eu não quero crer até este momento que estou vivendo esta realidade. Busco em minha volta um monte de explicações. Acho que, naquele momento, não se passava na mente daquela criança dimensão alguma da realidade mais simples que poderia existir.

Queria, naquele momento, interromper tal ato. Como poderia? Não sei. Impotente, aqui, fico diante desta tragédia. Falam-me em falta de amor nas relações entre as pessoas, da falta de solidariedade, de amizade, de companheirismo.
Falam da falta de pequenos gestos como um simples cumprimento traduzido em um singelo bom dia, um oi, como vai. Vão mais longe me dizendo da falta de um sentimento que soa como careta nos dias de hoje: o amor. Parece-me que esta palavrinha só é aceita onde já há. Neste ambiente a violência passa longe.

Mas a causa mesmo é a ausência de amor? Causa ou não, sei que ele bem cultivado impede um monte de besteiras que fazem aos outros. Isso mesmo, as besteiras causadas por um bestial sentimento que aflora em cada um.
Acho que a escolha, assim, ao acaso, por quem se quer como companheiro ou companheira, é o início dessa grande aventura do amor. No momento da escolha ele brota, sem arrodeio, cercas ou preconceitos. Do que daí nasce não é infortúnio, é um campo fértil para cultivá-lo.

Desde o seu nascimento, acho eu, a criança precisa ser amparada por quem está ao seu lado. Ora, vejo isso incessantemente na natureza, vindo de seres que palavra alguma nasce, a não ser através de seus atos instintivos de proteção contra o inimigo selvagem.

Mas, mesmo esta proteção selvagem e instintiva é esquecida por quem deveria fazê-la. Como cobrar um sentimento de proteção, de harmonia, de solidariedade, de paz, de amor, de quem nunca experimentou?

O amor, gosto quando expressam num abraço, num sorriso, num aceno sorridente, no falar tranquilo de uma roda de rapaziada conversando descontraidamente de forma espontânea, sem xingamentos ou grosserias.

Precisam, eles, crescerem me vendo assim desarmado com os outros sem vergonha alguma de parecer-me careta ou pagando algum mico. Tento me fazer de timoneiro sem me parecer guia espiritual ou guru fechado isolando-me dos outros sob pretexto de pureza religiosa.

Mas sei que vitrine alguma hoje é mais poderosa do que a das aparências. Não me iludo em momento algum de que é mais forte o que a mídia traduz como sucesso do que a simplicidades ou humildade oriunda de um gentil desconhecido.

Se assim me dizem que sempre foi assim e que é uma herança que carregamos, derrotados então já somos. Não creio. Creio que, sob pretexto de destino protetor, alguém se apossa de uma comunidade ou nação subestimando a quem por obrigação deveria assistir. Estes são os exemplos ostentados pela mídia, alimentada por quem a escolhe como escudo e exemplo.

Tudo se mistura quando se busca respostas para algum fato descabido, despropositado, aparentemente nascido do nada. Povoa em cada um sua própria situação de pai, de mãe. Povoa que cidade grande não mais é lugar de gente e sim de competição, de insegurança, de violência.

Talvez uma proximidade, principalmente a que precisamos estar fisicamente mais juntos dos filhos, seja uma saída para esta situação. Talvez seja o momento de um retorno do homem de onde saiu, onde todos se vejam mais tempo, se olhem mais, se abracem mais. Antigos hábitos cultivados como as horas de almoço e café juntos fortaleçam as relações. Andar ao lado, literalmente, do filho talvez possa livrá-lo de algum destino trágico e somente soltá-lo quando estiver pronto para um longo voo, como fazem, os animais.

sábado, 24 de setembro de 2011

CURSO INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO DIGITAL EM CALDEIRÃO GRANDE-BAHIA
Hoje me encontro, em Caldeirão Grande. Minha tarefa é fornecer para os professores do CEMPAS-Centro Educacional Municipal Professora Alaíde Santana uma pequena colaboração quanto ao uso das novas tecnologias aplicadas à educação.
Tive uma excelente recepção pelos docentes e os reponsáveis pela secretaria municipal de educação. Estão participando do curso 14 docentes e notei uma enorme disposição deles para este mais novo desafio.




terça-feira, 6 de setembro de 2011

CURSO INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO DIGITAL-COL.EST.NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO
MIGUEL CALMON-BAHIA-BRASIL